jueves, 29 de marzo de 2007

14. OS DANIFICADOS DAS GUERRAS

“Joana, não tardarás em dar-te conta o pesado que é levara a caridade, muito mais do que levar a jarra de sopa e a tigela cheia...
Mas conservarás a tua doçura e o teu sorriso.
Não é tudo distribuir a sopa e pão. Isso os ricos podem faze-lo. Tu és a insignificante serva dos pobres, a filha da caridade, sempre de sorriso e bom humor. Eles são os teus patrões, patrões terrivelmente susceptíveis e exigentes, já verás.
Por tanto, quanto mais repugnantes sejam e mais sujos estejam, quanto mais injustos e injuriosos sejam, tanto mais amor deves dar-lhes tu....
Só pelo teu amor, pelo teu amor unicamente, te perdoarão os pobres o pão que tu lhes dês”.


A guerra que tem sido a especialidade dos políticos e poderosos, tem sido carga sempre para os pobres. Pobres soldados recrutados por um vencimento miséria. E pobres populações arrasadas pelos exércitos, roubadas, saqueadas e deixadas cheias de esfomeados, de mendigos, de enfermos, de feridos, de mulheres violadas e de milhares de milhares de deslocados sem recursos de nenhuma espécie. França esteve em guerra continua (interior e exterior) praticamente desde 1917 até poucos meses antes da morte de São Vicente.
A região da Lorena foi cenário bélico entre os exércitos imperiais e os franceses e suecos. Mais de 170 mil homens dedicados a matar-se e a fabricar novos pobres. Uns doze anos de duração. São Vicente além de se entrevistar com Richelieu para parar a guerra sem consegui-lo. Organizou o socorro às populações devastadas. Investiu em moeda actual, o equivalente a 28 milhões de dólares. De onde os tirou? Do amor que chama a todas as portas e organiza os corações e as mãos, Vicente inventou uma espécie de jorna – “s relações”- para fazer consciência na população sobre as necessidades. Feridos, deslocados, mendigos, Igrejas profanadas, campos de refugiados, a mão de são Vicente e da sua gente chegou a todas as partes, a toda classe de pobres. O irmão Mateu Regnar, disfarçado de um que vive de esmolas, transportou milhares de escudos em umas 53 viagens com socorros. Os missionários e outros centos de colaboradores de São Vicente envolveram-se directamente em tudo este trabalho.
Mas a guerra aparece novamente e continua entre os exércitos franceses e os espanhóis. A Paz dos Pirineus assinar-se-á tão tarde como em 1659. Não só Champanha e Picardia foram cenários devastados, os exércitos espanhóis chegaram às portas de Paris. E ambos os dois exércitos eram inimigos das populações. Ambos os dois as arrasavam com igual avareza e violência. E Vicente e os seus, tiveram que empreender toda classe de ajudas acender com as suas “Relações” a consciência de todos para encontrar remédios.
O mesmo acontecerá com a outra guerra dentro da Guerra: a Guerra civil francesa conhecida como a guerra da Fronda, e as contínuas sublevações camponesas que sucederam-se de 1623 a 1648. o primeiro ministro agora já é Mazarino, tudo submetia à grandeza do Estado; mas a sociedade estava cansada, desfeita e in conforme frente a uma monarquia a um passo da Ditadura. Os Parlamentários, os Príncipes e os Nobres, sentiram-se justificados para revelar-se. Grande parte do povo os seguiu. E a guerra civil continuo por anos e anos. E, no meio de tantos desastres, ali está Vicente entristecido pela sorte dos pobres opondo-se ao poderoso Mazarino, contraindo dívidas ele e os seus em grandes quantidades e buscando outras novas para remediar a urgente necessidade dos pobres. Ler as suas aventuras de caridade no meio da guerra, narradas pelos historiadores, é espantar-se uma vez mais da sua criatividade, de que na verdade “o amor é infinitamente inventivo”. Socorros monetários, viveres, sementes para semear e ferramentas de trabalho... de tudo conseguiram Vicente e os seus colaboradoras e colaboradores para os levar até as vítimas da guerra.
O “Pai dos pobres” com lhe chamou o povo, foi-o a níveis in imagináveis de profundidade, de extensão e de eficácia. “Os pobres que não sabem a donde ir nem o que fazer, que estão a sofrer, que cada dia são mais, é esse o meu peso e a minha dor”, dizia.

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