jueves, 29 de marzo de 2007

12. OS FORÇADOS DA MARIHNA REAL

A armada do Primeiro Ministro Richelieu, que se empenhava, como as outras ramas do exercito, em conseguir a supremacia do domínio europeu, necessitava de braços para mexer os remos dos barcos de guerra. As máquinas de vapor ainda não tinhas sido inventadas. Este trabalho faziam-no os chamados galeotas, homens condenados por qualquer mínimo delito e forçados logo por anos a esta labor de escravos. O Sr. De Gondi, amigo de São Vicente, era o geral das Galera e, por isso, dos galeotas. Por esta ração, desde 1619, encarregou a Vicente o ofício de Capelão dos galeotas. .
Durante vários anos o que conseguiu fazer em seu favor não foi muito. Havia outros encarregados e surgiam problemas de jurisdição e competência. Mas Vicente ia vendo a terrível situação em que estavam e escutava a voz de Deus através desta situação. Eram maltratados e golpeados com vestias. Em quanto estavam no cárcere, só comiam pão e água. Quem tomava conta da sua fome, das sua enfermidades, dos seus maus tratos, da sua evangelização e lhes buscara condições dignas de seres humanos? Alguns faziam algo, a outros muitos parecia-lhes normal que as coisas seguissem com estavam.
E, em quanto foi possível, Vicente empenhou-se neste trabalho como o fazia nos outros: com todo o seu amor, o seu empenho, a sua capacidade de contagio, o seu atrevimento e a sua corajosa perseverança. Com meios materiais, com influências, com o evangelho. Luísa de Marilhac, as suas Filhas da Caridade e os Missionãrios puseram nesta tarefa toda a sua paixão.
Vicente organizou missões para os galeotas, pôs ao seu cuidado as Filhas da Caridade, conseguiu com outros que se construíra um novo hospital em Marcella para os atender, fundou ao seu lado uma casa de missionários dedicados aos galeotas, humanizaram-se as condições de vida e de trato, se lhes facilitou a comunicação com a sua família. Em poucos anos, graças a São Vicente, tinha passado do inferno ao purgatório. Não se podia fazer mais nessa época. Mas fez-se tudo o que era possível fazer.

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