jueves, 29 de marzo de 2007

17. A FORMOSA DESPEDIDA


O dia 27 de Setembro de 1660, faleceu em São Lázaro aos 80 anos de idade Vicente de Paulo. O contexto político, social e religioso de Paris comocionou-se perante este acontecimento. Mas não só a capital francesa o Paris inteiro. De Roma chegava uma bênção especial do Papa, desde um longicuo lugar de África um homem de raça negra enviava plantas medicinais para curar as doenças já sem remédio do ancião sacerdote. As lágrimas não conheciam fronteiras geográficas, nem também sociais. A corte real, as damas da alta sociedade, a gente simples da beira do Sena. Os mendigos da rua, os Galeotes, os deslocados socorridos da guerra, todos expressavam um profundo sentimento de orfandade.
Vicente de Paulo tinha tido má saúde desde jovem. Tinha padecido de dor e inchação de pernas e de febres recorrentes, além disso tinha sofrido de asma, de tonturas, de hérnias e varias vezes tinha estado em perigo de morte. Com enfermidades e sem elas, nada lhe impediu dar-se completamente aos mais diversos trabalhos. Desde finais de 1958 se lhe agravaram as suas enfermidades crónicas. Teve de usas um bastão para caminhar e pouco tempo depois usou muletas. Um destes dias lhe disse a um dos seus missionários: “Há 18 anos que não me deito nunca sem me pôr em disposição de morrer essa mesma noite”.
Vicente seguia estes dias penúltimos com uma numerosa correspondência e ao frente de não poucos trabalhos e projectos. Mas a sus suas enfermidades agravavam-se sem remédio. No dai 26 de Setembro recebeu a unção dos enfermos. Passou essa noite acompanhado pelos seus entre jaculatórias piedosas. Abençoou, uma por uma as obras e instituições por ele fundadas e ao longo da sua vida. Despediu-se dos mais próximos e a sua última palavra pronunciada foi o nome daquele a quem mais queria: “Jesus”. E, ao amanhecer do dia 27 de Setembro, “partiu ao encontro do Seus do spobres” .
O Bispo que falou no seu funeral, disse com verdade que o Senhor Vicente de Paulo tinha mudado o rosto da Igreja. As suas obras seguem hoje vivas e atraindo a milhares de jovens e adultos à apaixonante vocação de servir aos pobres.
A cena seguinte ao seu falecimento ninguém a viu. Mas no céu, centos de milhares de pobres, sairão ao encontro de Vicente para dizer-lhe ao Senhor: “Este é aquele quem como seu efectivo amor e a sua bondade, ensinou-nos que Tu, oh Deus Nosso, és amor sem limites. Deixa-lhe que entre à festa sem limites da vida que És Tu”. E Deus o corou de felicidade para sempre.
E desde a casa do Pai, olha palha para nós São Vicente, e acompanha-nos e pergunta-nos: E tu o que fazes com a tua vida? A quem serves? A quem lhe ofereces como pão e como justiça e como Evangelho, a amorosa salvação de Jesus Cristo.

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